A minha aventura com a marca CUPRA começou no ano de 2021, quando conduzi pela primeira vez o modelo Formentor, um SUV crossover com estilo claramente desportivo e o primeiro modelo 100% concebido pela jovem marca do universo SEAT desde que se tornou de facto marca em 2018, herdando uma história de sucessos desportivos da até então SEAT Sport, divisão desportiva que construiu várias versões desportivas e carros de competição derivados de série que adotaram o cunho CUPRA (acrónimo da designação “Cup Racing” dos troféus monomarca da SEAT). Ao mesmo tempo que a atual SEAT S.A., firma espanhola fundada e firmada e Martorell, transformou a submarca CUPRA numa marca de facto, a sua divisão desportiva a SEAT Sport – fundada em 1971 com a missão, muito bem sucedida, de suportar as participações da SEAT nos campeonatos de ralis e de turismos – transformar-se-ia na CUPRA Racing, que atualmente participa no campeonato de monolugares elétricos Formula E e no campeonato mundial de carros elétricos de enduro Extreme E, tendo ainda vários exemplares da versão de competição do hot hatchback León nos diversos campeonatos de turismos internacionais e regionais a cargo da TCR.
Não pretendo aqui enaltecer todos os feitos de toda uma firma que começou como filial da FIAT e que é parte integrante do Grupo Volkswagen, mas nunca é demais destacar o tremendo sucesso comercial dos modelos Ibiza, Leon, Cordoba e Toledo, entre outros, num passado não muito longíquo (sem contar com os clássicos modelos construídos sob licença da FIAT), assim como a história desportiva da já extinta SEAT Sport, cujo ponto mais alto foram as suas conquistas no extinto campeonato mundial de turismos da FIA, o WTCC (muito graças à motorização TDI a diesel) mas também a conquista do Campeonato Mundial de Ralis de 2L da FIA com o SEAT Ibiza “kit-car” em três anos consecutivos (1996, 1997 e 1998); não menos importante foi a sua participação, ainda que com pouco sucesso, na categoria máxima do World Rally Championship (WRC) com o SEAT Córdoba WRC. Posto isto, prometo escrever um artigo mais detalhado sobre a história desde a origem da SEAT até à atual era CUPRA. Até porque tenho dois colegas meus de trabalho que possuem versões desportivas CUPRA. Not fake, por sinal…
Nos últimos anos, a SEAT assumiu-se claramente como uma marca desportiva dentro do universo SEAT, mas com o advento da eletrificação dos automóveis e também como forma de se elevar a um estatuto de marca premium e com um tipo de desportividade genuína e distinta dos demais players do mercado e, face à perda de quota da marca SEAT no mercado, a firma catalã decidiu (e bem) transformar a CUPRA num novo construtor de automóveis sports premium, a qual se define oficialmente como “desafiadora e não convencional que reúne emoção, eletrificação e desempenho para inspirar o mundo a partir de Barcelona”. Até ao momento, o novo construtor já tinha entregue aos seus clientes nada menos que 400 mil exemplares (150 mil unidades só no presente ano de 2023) de uma gama vasta quanto baste composta pelos seguintes modelos: o pequeno SUV Ateca e o hatchback/sportstourer León (ambos com base dos respetivos modelos da marca SEAT), o SUV crossover Formentor (o primeiro modelo fabricado a 100% pela nova marca) e o hatchback 100% elétrico Born que, sendo um modelo distinto, partilha o chassis-motor com o Volkswagen ID.3. Brevemente será lançado aquele que será o primeiro carro 100% elétrico inteiramente desenvolvido pela CUPRA (embora partilhe a mesma plataforma com o CUPRA Born) e também o primeiro produzido na China, o modelo SUV Tavascan. O citadino 100% elétrico CUPRA Raval, tão estiloso como o Tavascan, será o próximo a entrar no mercado mundial. E, aproveitando todas as valências do mundo do metaverse hype, a jovem marca catalã concebeu aquele que muito provavelmente, num futuro tão próximo quanto possível, será o primeiro superdesportivo 100% elétrico, por enquanto apenas como protótipo físico – resultante do seu desenvolvimento como protótipo 100% digital originário do metaverso – apresentado em setembro de 2023 no Salão Automóvel de Munique. E as novidades não ficarão por aqui…
Para além de ser um construtor de automóveis com desportividade bem vincada – através de um design tão arrojado, atrativo, focado e “obsessivo” como o seu próprio badge e unidades motrizes condizentes com as suas ambições – e uma presença vincada no desporto automóvel sustentável, a CUPRA é o parceiro automotivo oficial do clube de futebol catalão FC Barcelona e, entre outras coisas, um forte apoiante de diversas competições de padel, um tipo de desporto derivado do ténis originário do México que se joga frequentemente em duplas e que, no caso português, tem crescido nitidamente em popularidade, facto que justifica também que em Portugal a CUPRA apoie e organize eventos em associação à promoção dos seus produtos (inclusive os seus produtos de merchandizing alusivos ao próprio padel), os quais estão expostos em destaque, ao lado dos modelos automóveis, num conceito de showroom ao qual a CUPRA dediciu chamar de CUPRA Garage. Outro aspeto distintivo é o seu conceito genuíno de CUPRA Tribe, que é constituída por um vasto grupo de embaixadores da marca que representam a força motriz da mudança de mentalidades para a construção de um mundo mais feliz, sustentável e livre do perigo de extinção da vida no Planeta Terra, utilizando como fios condutores a multidiversidade e a multiculturalidade do ser humano. Isto colide com uma imagem mais conservadora e imutável da marca SEAT, cuja força comercial se foi perdendo cada vez mais, ao passo que a marca CUPRA tem crescido de forma cada vez mais exponencial no mercado europeu (mas não só), razão pela qual o Grupo Volkswagen confirmou em pleno Salão de Munique de 2023 que a marca SEAT iria deixar de produzir automóveis para passar a criar soluções de mobilidade (a jovem scooter MÓ foi apenas o prenúncio a tomada desta decisão) 100% elétricas e totalmente citadinas. “O futuro da SEAT é CUPRA”, assim afirmou o presidente do Grupo Volkswagen, Thomas Schäfer. Quanto ao modelo que mais sucesso tem dado à jovem marca, o mérito pertence ao Formentor, que é também lider de mercado no seu segmento. Vamos, pois, fazer uma viagem a todo um conceito de experiência que no final se resume – em alta definição – ao mais acutilante e versátil ICE SUV crossover, não só da CUPRA, mas de toda a indústria automóvel na última década (2021-2030).
CUPRA Formentor – sua essência
Para aquele que é o mais bem sucedido modelo da CUPRA até ao momento, os responsáveis da jovem marca puramente desportiva escolheram o nome Formentor, em alusão a uma península da ilha espanhola de Maiorca que possui o mesmo nome. A versão de produção foi revelada em março de 2020, isto depois de a festa propriamente dita de revelação do modelo ter sido cancelada, em linha com o cancelamento do Salão Automóvel de Genebra por causa do despoletamento da pandemia COVID-19. Em termos de formas, a sua base é a de um SUV crossover compacto, mas na realidade pode ser visto também como um puro hatchback de base mais alta, isto devido a várias semelhanças que tem com o modelo de origem SEAT, o propriamente dito hatchback Léon com o qual partilha também diversos aspetos do interior, mas com a diferença de apresentar linhas mais vincadas, sobretudo junto aos dois eixos, na zona dos para-choques e no estilo das diversas mas sempre estilosas jantes que equipam o Formentor de acordo com as versões de motor, sendo que o formato do para-choques frontal é apenas ligeiramente mais acutilante na versão mais potente, a VZ5, justamente uma das versões que tive o prazer de testar. Consoante a versão de motor/potência, também existem diferenças no número e no formato das ponteiras de escape, em qualquer dos casos com um aspeto notoriamente desportivo e distinto de modo que, quem deseja conhecer mais a fundo o modelo e a própria marca, possa melhor distinguir as versões de potência.
As diferentes ofertas de motorizações e níveis de potência dividem-se em três grupos: o nível menos potente Formentor (150 cv e 204 cv); o nível intermédio Formentor VZ (245 cv e 310 cv); por fim, o mais elevado de todos, o Formentor VZ5 de 390 cv que possui um motor com imensa história na competição automóvel desde os anos 80 e na própria história da indústria automóvel alemã, nada mais nada menos do que o glorioso motor turbo de cinco cilindros que começou por equipar o Audi Quattro e desde então nunca mais deixou de ter o lugar no coração do grupo Volkswagen. Mas isto ainda é só a primeira parte de uma incrível história do tremendo sucesso do Formentor, que irá beneficiar de um restyling que não se resume à cosmética, já no presente ano de 2024.
Mas… Qual o significado da sigla VZ? Bom, na verdade, é uma abreviação do termo “veloz” em castelhano, que veste “na perfeição as versões mais potentes do CUPRA Formentor.”, isto de acordo com informações oficiais da marca.
CUPRA Formentor – motorizações e performances
Chegou a hora de nos debruçarmos melhor sobre a atual gama de motorizações de 16 válvulas e injeção direta que compõem a “península Formentor”. O nível de potência mais baixo, de 150 cv, é suportado por dois motores de quatro cilindros em linha, um de ciclo Otto (a gasolina – 1.5 TSI) e outro de ciclo Diesel (a gasóleo – 2.0 TDI); o motor a gasolina pode estar acoplado à caixa automática DSG de 7 velocidades ou à caixa manual de seis velocidades, proporcionando respetivamente acelerações de 8.9 s e 8.7 s de 0 a 100 km/h, ao passo que o motor Diesel apenas se dá bem com a caixa DSG (já esteve disponível com caixa manual) e até oferece notoriamente melhor binário (400 Nm contra 250 Nm da versão 1.5 TSI) e melhor aceleração de 0 a 100 km/h que se traduz em 8.6 segundos, aqui com a ajuda do sistema de tração às quatro rodas 4DRIVE (exatamente o mesmo do sistema Quattro da Audi) que só equipa esta versão e mais duas adiante. A velocidade máxima conferida pelo nível de 150 cv é, por convenção, de 204 km/h. O número “204” serve de mote ao nível seguinte de potência, justamente de 204 cv, suportado pelo motor, ou melhor, pela unidade motriz Plug-in e-Hybrid (com carregamento da bateria por cabos), composta pelo motor de combustão 1.4 TSI, o qual debita por si só 150 cv – acoplado à transmissão automática DSG, mas com 6 velocidades -, e pelo motor elétrico alimentado pela bateria de iões de lítio de 12,8 kWh que produz uma potência máxima de 116 cv. Com este nível de potência, o nível de binário produzido face ao 1.5 TSI sobe largamente para os 350 Nm, ao passo que a aceleração de 0 a 100 km/h melhora substancialmente para os 7.8 s, com a velocidade máxima a fixar-se nos 205 km/h; tão importante como estes valores são os da automonia em modo 100% elétrico, que aqui se cifram nos 59 km (ciclo WLTP). Com a mesma unidade motriz, mas com a potência combinada a subir para os 245 cv, é aqui que entramos na sub-gama Formentor VZ. E eis que a magia acontece, fazendo com que a aceleração de 0 a 100 km/h passe para os 7.0 s, aumentando a sua força motriz para os 400 Nm e a velocidade máxima para os 210 km/h, sacrificando um pouco a sua autonomia em modo 100% elétrico para os 55 km (ciclo WLTP).
Ora, em ambas as versões de potência do sistema e-Hybrid, as potências máximas nominais do motor de combustão e do motor elétrico mantêm-se as mesmas. Mas, afinal, o que é que faz a potência combinada diferir tanto numa versão de potência para outra (de 204 cv para 245 cv)? Ressalve-se que, no motor TDI, a ignição é feita por compressão, enquanto que em todas as versões a gasolina a ignição é comandada eletronicamente e controlada através de um mapa de características (que configura os diferentes modos de condução), e isso também acontece nas versões e-Hybrid. E é aqui que entra o mapeamento da potência do motor, que interfere na potência combinada quando o veículo entra no modo e-Hybrid (acionado exclusivamente no sistema de infoentretenimento) e também na autonomia do veículo em modo 100% elétrico (priveligia mais na versão menos potente). Isto reflete, também, o know how da competição automóvel do grupo Volkswagen, no qual está inserida a marca CUPRA. E isto é simplesmente espantoso, ajudando a dar um colorido significativo à gama Formentor. So far, so good…
O nível de potência de 245 cv não se encontra apenas na versão mais potente da sub-gama e-Hybrid. Aqui, também existe magia e coincidências felizes. Pois bem, é aqui que entra o já mítico motor turbo 2.0 TSI que equipa o Volkswagen Golf GTi, que apresenta justamente o mesmo nível de potência na sua versão pura e com tração puramente dianteira. O que é também mais um sinal de perfeita sinergia entre diferentes firmas do grupo. No CUPRA Formentor VZ 2.0 TSI de 245 cv, que adota o essencial da filosofia do Golf VIII GTi, o motor está acoplado unicamente à caixa automática DSG de 7 velocidades, mas podia perfeitamente adotar, como opção, uma caixa manual de seis velocidades que certamente aguentaria este nível de potência. Seja como for, existe uma pequena diferença positiva para a versão e-Hybrid de 245 cv no que respeita à aceleração de 0 a 100 km/h que se fixa nos 6.8 s; por seu lado, o binário face à versão mais potente e-Hybrid dimunui para os 370 Nm, mas dado que não tem o peso que teria se tivesse a bateria do e-Hybrid, a aceleração sai a ganhar e até a velocidade máxima, que passa para 238 km/h. E está tudo certo! Que é como quem diz: “Com eletrões ou sem eletrões? Venha o Diabo e escolha!”.
De nível em nível, ou de “degrau em degrau”, de potência, chegámos ao nível máximo de potência da sub-gama VZ, suportado pelo mesmo motor da versão “pura” de 245 cv, “esticado” desta feita até aos 310 cv. Equiparando com o aguerrido hatchback Golf VIII R, possui apenas menos 10 cv a menos do que este, mas adota o mesmo sistema de tração 4DRIVE já mencionado na versão 2.0 TDI. Esta versão, foi, aliás, a primeira vir para o mercado, e provocou logo tamanho sainete a ponto de justificar em pleno a vinda de uma versão mais potente e exclusiva do que esta – mas já lá iremos. O CUPRA Formentor VZ 2.0 TSI de 310 cv é capaz de uma aceleração já de si estonteante e bem decidida: 4.9 segundos de 0 a 100 km/h. Do binário, nem vale a pena discutir: 400 Nm, apenas comparáveis com os 400 Nm da versão e-Hybrid. Já a velocidade máxima teve de ser limitada eletronicamente para os 250 km/h… para o condutor não abusar dos cavalos! E eis que…

Chegando ao “alto da pirâmide”, chegou a hora de “engalanar” a mais preciosa “jóia da coroa” do universo Formentor, o CUPRA Formentor VZ5 2.5 TSI 4DRIVE, cujo exemplar de um total de 7000 unidades fabricadas desta série amplamente limitada tive a oportunidade, muito bem aproveitada, de o conduzir, através do concessionário CUPRA da Irmãos Leite (Vila Real). E porquê o termo VZ5, com direito a placa com o badge homónimo? Para além de assinalar a exclusividade da versão – a qual é acompanhada de uma configuração mais baixa em 10 mm da suspensão e de para-choques, difusor, ponteiras de escape, travões, bacquets, cor de carroçaria e jantes exclusivos (as jantes podem ser calçadas também nas versões VZ) -, é o coração descompassado do VZ5 que lhe confere o carácter mais aguerrido e agarrado ao asfalto, aliado à capacidade “unicórnia” de fazer drifts (aconselháveis apenas em ambiente de pista). O nobre coração é na verdade o “clássico” motor turbo de cinco cilindros oriundo da Audi, cuja evolução é a mesma que equipa o Audi TT RS e o Audi RS3 nas atuais gerações, mas com potência máxima calibrada para os 390 cv (e está tudo certo) e o binário máximo acertado para os 480 Nm. Em modo de condução CUPRA, o VZ5 acelera de 0 a 100 km/h em apenas 4.2 s, contudo a velocidade máxima mantém-se limitada eletronicamente para os 250 km/h… para o condutor não abusar dos cavalos!
CUPRA Formentor – estilo, chassis, design e equipamento
No campo do estilo e do design, o CUPRA Formentor é, por si só, um modelo tão disruptivo como consensual, atrativo e até contemporâneo, em linha com a filosofia traçada pela marca catalã. A grelha frontal, na qual se enquadra o badge “alienígeno” da CUPRA, é uma espécie de trapézio invertido, moldada em plástico com textura de piano black. As entradas de ar frontais, já de si proeminentes e mais proeminentes ainda na versão VZ5, foram desenhadas engenhosamente para otimizar a refrigeração da mecânica que se encontra debaixo do muito bem definido capô dianteiro. As entradas laterais servem o propósito da estabilidade aerodinâmica, mas também as cavas das rodas dianteiras e, por consequência, os travões. Os faróis dianteiros em formato de “olhos de águia” (é o que se pode ver à primeira vista), totalmente em LED, ladeiam em posição mais recuada a grelha frontal. Os farolins traseiros, dotados da mesma tecnologia de iluminação, compõem uma assinatura única e marcante, envolvidos por uma luz infinita que atravessa de uma ponta à outra e que é visível mesmo de muito longe, criando um efeito inesquecível e distinto aliado ao carácter único do Formentor, tão único como a península com o mesmo nome. Para além da normal iluminação já descrita, o CUPRA Formentor fez-se dotar de uma luz de “boas vindas” (Welcome Light), que se ativa no momento em que se abre cada uma das portas dos lugares da frente, projetando o logótipo da CUPRA como forma de sensibilizar os ocupentes do sentimento de pertença à tribo CUPRA. O spoiler traseiro é também igual em todos as versões CUPRA, mas o mesmo não acontece com as cavas das rodas – que são mais pronunciadas nas duas versões de motorização mais potentes -, e no conjunto de escape/difusor traseiro que muda de formato de acordo com o nível de potência e tipo de motorização (gasolina, diesel ou híbrido plug-in). No caso das versões de 310 cv e de 390 cv, o CUPRA Formentor possui dois escapes duplos, mas de desenho e disposição diferentes, sendo que, no caso da versão VZ5, cada par de ponteiras de escape é galvanizado na cor do cobre, alinhado em diagonal e de forma simétrica, formando um trapézio imaginário ao longo do difusor traseiro que é composto por fibra de carbono, tal como o splitter dianteiro.





Em qualquer versão, o Formentor mostra ao que vem: para se divertir e divertir os seus ocupantes e aguçar o foco da condução através de um número quanto baste de arestas aguçadas e distintas de acordo com os diferentes planos de perfil. Para tal, não menos contribuem as jantes, de diferentes formas e feitios; o design é mais agressivo quanto maior for o nível de potência, sendo que a versão VZ5 possui jantes exclusivas de 20” com detalhes em cobre (as mais agressivas de acordo com o mais elevado nível de potência conferido pelo VZ5) e cavas das rodas mais largas, ao passo que as diversas jantes das outras versões são de 18” e de 19”, de série respetivamente nas versões Formentor e Formentor VZ.

Não esquecendo os mecanismos responsáveis pela dinâmica, enaltecer a tremenda eficácia dos travões fabricados pela Akebono™ para a versão exclusiva VZ5, com 375 mm e 6 pistões; nas versões VZ os travões podem ser fornecidos pela Brembo™ (como opção), ao passo que nas versões base os travões são descaracterizados em termos de aspeto, não deixando contudo de ser tremendamente eficazes. Comum para todas as versões é o facto de os travões serem de discos ventilados na frente e de discos maciços no eixo traseiro. Os elementos da suspensão que ajudam o Formentor a manter uma postura equilibrada na estrada em todas as situações são compostos por um sistema de suspensão independente do tipo McPherson e por um eixo multibraços também com amortecimento, ambos os sistemas são acompanhados de um sistema de amortecimento hidráulico e, nas versões de 310 cv e 390 cv, controlados pelo sistema de Controlo Adaptativo da Suspensão.
O CUPRA Formentor é dotado de modos de condução comandados pela magia da eletrónica – que influenciam a configuração da suspensão, do tato dos travões, da sensibilidade dos pedais e do rugido do motor -, mas é só a partir da sub-gama VZ que o modo CUPRA está disponível. No caso do Formentor VZ5, para além dos modos Confort, Sport, CUPRA e Individual, existem dois modos suplementares que não podem ser utilizados em estradas públicas: o modo Offroad, indicado para pisos de terra ou cobertos de neve, e o delicioso modo Drift, que configura o sistema de tração às quatro rodas Quattro (ei, desculpem… 4DRIVE) para drifts poderosos e espetaculares, mas apenas indicado para pistas desenhadas para o efeito. Complementando a dinâmica tão característica da gama Formentor, em nenhum momento pode ser dispensado o sistema de direção assistida eletromecânica com direção progressiva, que transmite sensações de plena segurança e poder a qualquer condutor que coloque a sua estrutura humana nos bancos desportivos, contando que se deixe imergir pelo espírito da CUPRA Tribe.









O interior, para além de sólido e de qualidade sport premium, é assumidamente CUPRA. Mas não é muito diferente do seu irmão Léon neste aspeto. A primeira coisa que salta à vista é o par de bancos dianteiros, em forma de bacquet de competição – claro está, a competição automóvel está no “sangue” da CUPRA -, que podem ser em tecido (minha preferência pessoal) ou em pele genuína nas cores Azul Petrol ou Preto. Existe também um modelo de bancos mais tradicionais com toque desportivo, os puros Sport, apenas disponíveis em tecido e só nas versões base. E, depois, na mais picante versão VZ5, eis que a Sabelt se disponibilizou em fornecer a cada um dos 7000 exemplares de 390 cv umas bacquets especiais em fibra de carbono com forragem com pele genuína. Em qualquer versão do Formentor, o interior é sempre predominantemente forrado em couro, com pormenores estilísticos únicos que fazem salivar qualquer condutor com veia assumidamente desportiva, como é o meu caso, e que fazem sentir todos os ocupantes vivos na sua plenitude, alegria, emoção e foco nos objetivos e na sua essência. Tudo se enquadra na filosofia do interior do CUPRA Formentor: a iluminação interior com feixes de luzes cuja cor varia de acordo com o modo de condução do momento, o painel de instrumentos totalmente digital e com layout desportivo CUPRA, o sistema de infoentretenimento de 12”, as saídas de ventilação com moldura na cor cobre, o volante desportivo multifunções com patillhas no volante (versões com caixa DSG) com o botão CUPRA (este apenas de série nas versões de 310 cv e de 390 cv), isto entre outros aspetos, sem dispensar os dispositivos de segurança tão indispensáveis e obrigatórios.
Qual a melhor forma de conduzir o CUPRA Formentor e qual a versão certa? O seguinte vídeo pode dar todas as respostas, dependendo sempre das necessidades de cada um…
CUPRA Formentor – a minha experiência relatada em vídeo no canal de YouTube SPUNIQCARS
Claro está, toda a informação sobre o CUPRA Formentor e outros modelos – como por exemplo o CUPRA Born que também testei para o canal de YouTube e sobre o qual escreverei um artigo especial – estão disponíveis no sítio oficial da CUPRA.
Convido todos a visualizarem cada um dos três vídeos que relatam, cada um, a experiência a uma versão diferente de motorização em alturas diferentes desde que o CUPRA Formentor foi lançado no mercado, bem como sentir as sensações que eu senti em cada um dos vídeos. E ainda falta testar a restante gama de motorizações do Formentor, sem dúvida uma essência catalã.
Continuação de um Feliz Ano de 2024!
Obrigado a todos!








