Test-drive ao novo Toyota RAV4 Hybrid

Este é o novo Toyota RAV4 Hybrid, a quinta geração daquele que é oficialmente o SUV mais vendido do mundo, assente na nova plataforma Global Arquitecture-K. De linhas mais angulosas, atraentes e desportivas que na anterior geração, o novo modelo pertencente ao segmento C deriva do concept Toyota FT-AC. Pela primeira vez a motorização é exclusivamente híbrida num SUV da marca nipónica, e a aposta recai no motor a gasolina atmosférico de tecnologia Dynamic Force, dotado de Injeção Indireta e Direta D-4S, 16 válvulas distribuídas pelos quatro cilindros em linha e 2.5 litros de cilindrada. Este motor térmico, juntamente com o motor elétrico, produz uma potência total de 218 cv em versão 4×2 e 222 cv na versão com tração integral às quatro rodas, sendo ainda capaz de produzir uma força motriz de 221 Nm entre as 3600 e as 5200 rotações por minuto. A transmissão da potência é comandada eletronicamente pela caixa automática de transmissão variável contínua, mais conhecida por e-CVT. Este binómio motor/transmissão, em consonância com o peso de 2135 kg, permite uma velocidade máxima estimada em 180 km/h, o que pode parecer pouco, tendo em conta a potência da unidade híbrida de última geração. Mas compreende-se, se se tiver em conta o compromisso entre o comportamento dinâmico-desportivo e a aposta na preservação do ambiente.

Esta é, de resto, a nova aposta da Toyota para esmagar concorrentes como o Nissan Qashquai, o Peugeot 3008, o Mazda CX-5 ou o Renault Kadjar, sobretudo no mercado português onde a sua expressão ainda é fraca. E tem fortes argumentos para vencer esta batalha, tais como um design mais arrojado, qualidade de construção acima da média, robustez, elevada capacidade para circular em todos os tipos de terreno e maior espaço interior. Apesar do comprimento ter diminuído 5 mm, a distância entre eixos aumentou 30 mm, para 2690 mm, aumentando também a habitabilidade que se torna numa referência. Mas o aumento mais substancial é na bagageira, cuja capacidade cresceu 79 litros, para 580 litros (ou 1690 litros, em caso de rebatimento dos bancos traseiros), maior que, por exemplo, no DS 7 Crossback.

As dimensões máximas da carroçaria são de 4600 mm de comprimento, 1855 mm de largura e 1685 mm de altura. Os pneus de série são de tamanho 255/65 R17 para jantes de 17 polegadas, podendo em alternativa albergar pneus 225/60 R18 100 H para jantes de 18 polegadas. O consumo combinado varia entre 5.7 e 5.8 litros aos cem, se bem que num ritmo mais despreocupado os valores podem ascender a pouco mais de 6 litros. Mesmo assim, são valores algo modestos para um veículo com a dimensão de SUV de segmento C, o que abona claramente a favor de uma possível aquisição.

Esta quinta geração, que marca os 25 anos da estreia do RAV4 original que era dimensões bem menores, é dotada de vários upgrades tecnológicos. A começar pela mais recente tecnologia híbrida com “Self-Charging Hybrid”, que permite recarregar a bateria aquando das travagens, de modo mais eficiente sem comprometer o conforto de rolamento. Para além da capacidade de poder rolar apenas em modo elétrico, o modo como o motor de combustão acorda é bem mais suave, além de que o nível de insonorização foi muito bem conseguido, transmitindo a necessária sensação de paz e serenidade ao condutor e restantes passageiros, para a qual contribui o interior confortável e espaçoso, onde os bancos altamente ergonómicos têm um papel muito importante. Os bancos dianteiros possuem um sistema de aquecimento, sendo que o do condutor possui sistemas de deslizamento e de ajuste lombar e em altura eléctricos, e ainda uma função de duas memórias de ajuste.

Para o melhor conforto e entretenimento, o interior é ainda composto por um sistema de som de série da Toyota (podendo a título opcional ser equipado por um mais evoluído sistema de som da JBL), um sistema de infoentretenimento Toyota Touch 2® com ecrã de 8 polegadas com função de navegação, um espelho retrovisor electrocromático ou um espelho retrovisor digital “Smart View” que fornece imagens a partir da câmara traseira assim que é accionada uma pequena alavanca debaixo do retrovisor, o ar condicionado automático, o carregador sem fios para smartphone e o ecrã TFT de alta definição a cores de 7 polegadas localizado entre os dois mostradores analógicos no painel de instrumentos. Para o exterior existem sistemas sofisticados de acesso e de segurança, tais como o sensor de luz localizado nos faróis, o sensor de chuva localizado acima do espelho retrovisor, a porta da bagageira eléctrica (equipada com sensor de movimento a título opcional) e o sistema sem chave Smart Entry & Start. O tejadilho pode ter um de dois opcionais: o teto panorâmico com abertura eléctrica ou os rails aerodinâmicos.

Os sistemas de segurança ativa são vários: as luzes de máximos com controlo automático, as luzes de circulação diurna com tecnologia LED, o sistema de alerta do Ângulo Morto, o sistema de Cruise Control Adaptativo Inteligente, os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, a câmara auxiliar traseira para a função “Reverse”, a câmara panorâmica 360, o sistema de Pré-Colisão com detecção de peões e de ciclistas, o sistema de Assistência de Condução Inteligente, o sistema de Deteção Traseira de Aproximação de Veículos e o sistema de Reconhecimento de Sinais de Trânsito.

A versão 4×2 já se encontra à venda a partir de 38.790 euros, enquanto que a versão 4×4, equipada com o sistema eléctrico inteligente de tração AWD-i,  chega em março, com valores a partir de 44.500 euros. As versões de equipamento disponíveis começam na mais acessível Active, passando pela versões Comfort, Square Collection, Exclusive, terminando na mais completa versão Lounge.

O test-drive contou com a ajuda de um vendedor da marca, Pedro Marques, a quem agradeço a cortesia de me permitir filmar o carro e o momento do teste.

Espero que gostem do seguinte vídeo, com a chancela SPUNIQCARS! Um abraço a todos!

AR