Lamborghini Countach – uma pop star nos novos videoclipes dos britânicos Muse

O Lamborghini Countach, da firma italiana fundada por Ferruccio Lamborghini é hoje um clássico, tendo sido fabricado durante 16 anos em várias versões, de 1974 a 1990. Ainda hoje se consegue destacar pelas suas linhas angulosas e futuristas que lhe dão um ar de tremenda radicalidade, complementada pelo destacado parachoques dianteiro e pela asa traseira de dimensões algo generosas (apêndices adicionados numa fase mais adiantada da sua carreira), a que se junta o sistema de abertura de portas em formato “tesoura”. Foi sempre equipado com um motor atmosférico (exceção feita à versão LP500 Turbo S, a mais potente de sempre) com 12 cilindros em V (V12), colocado em posição central-traseira, de tal modo que os dois bancos foram colocados numa posição mais dianteira. E, claro, andava que se fartava, com velocidades máximas entre 254 e 335 km/h e níveis de potência entre 355 e 746 cv, dependendo das versões fabricadas. Dinamicamente e visualmente, o Countach, cujo nome não deriva de um touro mas sim do termo contacc (termo da língua piemontesa, da região italiana de Piemonte, que remete para o atributo de “admirável”), é um autêntico ícone, verdadeiramente portentoso.

O Countach é tão icónico que até mereceu a escolha da banda de rock inglesa de rock multifacetado, os Muse, para uma sequência de videoclipes realizados no âmbito do novo trabalho discográfico Simulation Theory, nos quais este modelo é protagonista, embora numa versão de simulação digital com pequenas mostras reais do interior. O grupo Audi certamente não terá implicado com o grupo musical nem com a editora musical Warner Music acerca deste assunto, até porque o modelo foi ainda fabricado sob a alçada do fundador da marca. Seja como for, toda a realização teve como foco a ligação emocional e tecnológica entre o carro e o vocalista/guitarrista/pianista da banda Matthew Bellamy, com adição de iconografias dos anos 80 juntamente com cenas de ficção científica inspiradas em filmes conhecidos (por exemplo, Regresso ao Futuro), bem como cenas de perseguição mal sucedidas por parte de dois polícias (os outros dois elementos da banda musical) que fizeram lembrar jogos célebres de consola e robôs gigantes que semeavam destruição, graças às excelentes performances “digitais” do superdesportivo com direito a derrapagens loucas. O Countach teve honras de fazer parte da espantosa capa do novíssimo disco, com a cena retratada da perseguição ao carro por parte dos polícias, entre outras.

No primeiro vídeo, o Countach faz uma brevíssima aparição (em formato real) na parte final, para se mostrar verdadeiramente nas seguintes sequências lógicas, no que é uma conjugação marcante entre a música e o automobilismo.

Não sendo este o único motivo de comprar este novo trabalho discográfico dos Muse (banda igualmente icónica), não há dúvidas de que, face ao atributo de futurista que sistematicamente atravessa todas as eras desde a sua conceção, o Countach revelou-se a escolha acertada para este novo projeto, para todos os efeitos gráficos mostrados. Também pela história que estes vídeos mostram, vale bem a pena visualizar estes três vídeos.

Espero que tenham gostado. Este foi mais um artigo para o blogue SPUNIQCARS.

Um abraço!

AR