Desta vez não falo de nenhum carro em particular. Nem sequer do meu. Nem sequer no dos meus sogros. Nem sequer no do meu vizinho. Falo sim de uma nova publicação periódica do setor dos automóveis. Trata-se da Auto Drive.
Começo a falar deste tema, começando por confessar que desisti da ideia de montar uma publicação periódica do género… mas apenas porque surgiu esta belíssima surpresa, que é uma autêntica lufada de ar fresco no mundo das revistas de automóveis.
Já comprei centenas de revistas e jornais sobre automobilismo, de várias marcas de publicações periódicas. Já bebi muitíssima informação acerca dos mais diversos modelos que me fizeram sonhar mais alto, e também acerca de desporto automóvel. Investi, de facto, bastante dinheiro, inclusive em revistas estrangeiras. Mas nenhuma me deixou tão satisfeito como a primeira edição da nova marca de revista de automóveis. De facto, esta é diferente das demais em muitos aspetos. Aliás, nem o facto de ter havido problemas na gráfica, que impediram a distribuição em todos os quiosques no dia da estreia, me demoveram de a querer comprar, o que consegui fazer no dia seguinte. E valeu bem a pena! Até pela excelente capa de estreia que destaca muito bem o artista principal desta primeira edição, cujo número está bem visível, em letra grande e com o símbolo “#”.
Não é por acaso que, excecionalmente, desta vez falo sobre uma revista específica de automóveis. Não é caso para menos. Por diversos motivos. É que a equipa fez um excelente trabalho, de tal modo que nem um ou outro lapso ortográfico (absolutamente normal para uma primeira edição) o manchou. Todas as temáticas focaram detalhadamente os objetos de estudo. Não houve um texto que me fizesse virar logo para outra página sem lê-lo até ao fim. A qualidade das fotos e o enquadramento das mesmas revelaram-se excecionais e, até pela demonstração da técnica de fotografia do Hyundai i30N, a escolha dos fotógrafos foi acertada; neste aspeto, não há nenhuma outra marca de revista de automóveis que consiga ultrapassar a Auto Drive.
Outro aspeto que ressalva é a apresentação de mais de um tipo de letra, que não é feita à toa, variando de artigo para artigo e consoante o destaque de cada tema, sem falar dos tipo de letra que se aplicam exclusivamente em maiúsculas para fazer as introduções dos artigos. Ou seja, cada tipo de letra enquadra-se na beleza do objeto de estudo. Nota-se, por exemplo, no texto dedicado ao Hyundai i30N, que a aplicação de um tipo de letra mais moderno e com um tamanho não demasiado pequeno consegue prender melhor o leitor na missão de ler o texto de princípio ao fim, aliando tal modernidade com a moderna tonalidade das fotos.
Em suma, esta revista pretende, não só, informar sobre automóveis, mas também – e tal como foi assumido oficialmente – tornar-se numa revista de culto. Esta revista nasce de um novo olhar de pessoas que estiveram num projeto que durou mais de vinte e oito anos e que foi extinto poucos meses antes! Sem mencionar nomes (até porque alguns são bem conhecidos do público em geral), considero com certeza absoluta que a nova revista está em boas mãos e que vai durar muitos anos. Tal como antes, o papel ainda é o melhor suporte de informação do mundo que não depende da eletricidade…
A revista, de periodicidade quinzenal, estreou-se a 15 de março de 2018 com a edição #1. A edição #2 estará nas bancas já no final do mês. Cada exemplar custa apenas 2,95 €, e tem exatamente 100 páginas. Face a outras publicações do género, tome-se por exemplo uma publicação de periodicidade semanal que custa apenas menos 60 cêntimos e não tem melhor qualidade que justifique tal preço, nem sequer metade das páginas. E porque é que o Auto Drive é quinzenal e não é mensal? Para privilegiar a melhor qualidade textual e fotográfica dos temas apresentados na menor periodicidade possível.
O Auto Drive também está presente como sitio de internet, como página de Facebook e como canal do YouTube. Mas o suporte principal é e continuará a ser em papel, pelo menos por enquanto. Porque continua a valer a pena, também pela qualidade de impressão e de grafismo que se reflete no toque suave com as mãos. Ah, e aqueles tipos são muito bons no que fazem, e muito empáticos…
Se, para um bom apreciador de automóveis e de uma boa sessão de leitura, existe uma revista de automóveis que vale a pena comprar e ainda permite poupar uns trocos, esta é a Auto Drive. Eu gosto! E vocês?
Parabéns à equipa do Auto Drive pela já excelente trabalho realizado. Um bem haja!
P.S.: O menu do blogue SPUNIQCARS contém um botão de acesso ao sitio de internet da Auto Drive. Mais do que um incentivo, é um gesto que faço sem quaisquer reservas e de livre vontade, e sempre é mais uma boa razão para visitarem o meu blogue. 🙂